quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A falsa ideia de que a lei penal previne a criminalidade

A Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão, segundo o estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

As taxas de mortalidade foram 5,28 por 100 mil mulheres no período 2001 a 2006 (antes da lei) e de 5,22 em 2007 a 2011 (depois da lei), diz o estudo.
Conforme o Ipea, houve apenas um “sutil decréscimo da taxa no ano 2007, imediatamente após a vigência da lei”, mas depois a taxa voltou a crescer.
O instituto estima que teriam ocorrido no país 5,82 óbitos para cada 100 mil mulheres entre 2009 e 2011. "Em média ocorrem 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia”, diz o estudo (Fonte G1).
Para visualizar a pesquisa e demais dados click aqui.

Isso apenas comprova aquilo que é defendido há muito tempo pela criminologia crítica, que o Direito Penal é absolutamente ineficaz para reduzir a criminalidade.

Está aí uma demonstração empírica de que não é através do Direito Penal (aumento de pena, criminalização de condutas, redução da maioridade penal) que a violência será combatida.

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