sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

A VIDA NÃO VIVIDA DE MEUS PAIS


Carl Jung observou em seus estudos que o maior fardo que a criança precisa levar é a "vida não vivida dos pais", ou seja "onde quer que o pai tenha ficado preso, a criança ficará semelhantemente presa e passará a vida buscando livrar-se de tal aprisionamento, elaborando um plano de tratamento inconsciente cujo propósito é suavizar a dor do fardo psíquico desse passado estanque" (James Hollis). 

Esses padrões seguidos pelos filhos acabam, muitas vezes, seja pela tentativa de ruptura ou fidelidade, motivando ações enquadradas como ilícitas e criminosas.

De forma alguma se está retirando a responsabilidade do ato praticado pelo sujeito.

O que se levanta é: O Direito Penal tradicional, com sua leitura cartesiana do mundo, tem condições de colaborar para que esse cidadão consiga perceber o que tem motivado-o a praticar tais atos?

Essa abordagem só é possível a partir de uma visão sistêmica das relações e dos conflitos. 

O Direito Penal Sistêmico, a Justiça Restaurativa tradicional e a Justiça Restaurativa Sistêmica são caminhos que respeitam a história de todos, vítima, infrator e comunidade.

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